segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

A TUA RUA

Música: Carlos Diniz de Figueiredo Junior (1924-1999)
Letra: José Régio [José Maria dos Reis Pereira] (1901-1969)
Incipit: Qualquer coisa, qualquer nada
Origem: Coimbra
Data: 1953

Qualquer coisa, qualquer nada,
Prendeu minha vida à tua:
As pedrinhas da calçada
Que vão dar à tua rua.

As pedras da tua rua
São passos do meu amor
No caminho que vai dar
Ao peito da minha dor.

Canta-se o 1º dístico, repete-se, canta-se o 2º e repete-se

Esquema do acompanhamento:
1º dístico:Lá, Lá 7, si m 2ªLá, Lá;
2º dístico: 2ªfá#, fá# m 2ªLál, Lá; (1ª vez)
2º dístico: RéM, ré, Lá si, 2ªLá, Lá; (2ª vez)

Informação complementar:

Canção musical estrófica para solista, barítono ou tenor, em compasso quaternário (4/4) e tom de Lá maior. Esta canção de Coimbra foi gravada pela primeira vez por Augusto Camacho Vieira, em Lisboa, no dia 16 de Maio de 1953, acompanhado à guitarra por Petrónio Ricciulli e Egas Berrance Correia de Abreu e em violão de cordas de aço por Carlos de Figueiredo, autor da música (78 rpm Columbia ML 178, master 1092). Ricciuli (1916-2003) já emprega nesta gravação uma guitarra de 22 trastos comprada ao violeiro conimbricense Raul Simões, instrumento que resultara de uma encomenda inicial de Artur Paredes. Natural de Viseu, Ricciulli foi discípulo do barbeiro Flávio Rodrigues e trabalhou em Coimbra como funcionário bancário.

Espécime gravado também por Mário Soares da Veiga em 1968 no EP Contos Velhinhos, Porto, OFIR 4.116, acompanhado à guitarra por Manuel Borralho e Hermínio Menino e, à viola, por Jorge Rino e Rui Borralho. Na 2ª quadra, Veiga afasta-se ligeiramente do texto original.

Pedro Magalhães Ramalho gravou este tema em 1982, acompanhado à guitarra por José Silva Ramos e Teotónio da Silva Xavier e, à viola por António Leão Ferreira Alves e pelo autor da música, Carlos de Figueiredo (LP Saudades da Rua Larga, RT 10012); disponível em cassete (RT 20012).

Na discografia disponível, Figueiredo consta erradamente como autor da letra, na realidade concebida pelo antigo estudante de Coimbra e literato José Régio. Nas vocalizações com fonética coimbrã ouve-se no 3.º verso da 1.ª copla «pedrinhas» com o E fechado, enquanto que noutras ocorre «pédrinhas».

Transcrição: Octávio Sérgio (2010)
Pesquisa e texto: José Anjos de Carvalho e António M Nunes

Projecto: recolha e salvaguarda de temas da Canção de Coimbra

Pode ouvir-se uma versão de Pedro Ramalho, extraída do disco Rua Larga, com introdução de Teotónio Xavier.

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